Pequenos aumentos e grandes catástrofes: o perigo do aquecimento global.


Postagem publicada originalmente em 2018 no nosso antigo blog.

Você sabia que o aumento da temperatura média mundial em poucos graus pode causar danos gigantescos e até irreversíveis para o nosso planeta? Pois é, estranho acreditar que um aumento de 0,5 grau Celsius na temperatura média mundial pode trazer tantos danos ao planeta. Já é certo que o ser humano é o grande responsável pelo aumento das temperaturas terrestres desde o período pré-industrial. Um relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), organização científico-política da ONU, divulgado em outubro desse ano, mostra que o aumento da temperatura média global provocado pelo lançamento de gases que intensificam o efeito estufa (gás carbônico, metano, entre outros) já vem afetando nosso planeta. Esse relatório, baseado em mais de 6 mil estudos de cientistas de todo o mundo, também alerta que o aumento da temperatura pode causar catástrofes climáticas gigantescas num futuro não tão distante, como por exemplo:
  • Derretimento das camadas de gelo marinho causando a elevação do nível do mar e consequentemente o deslocamento de populações costeiras e perda de terras disponíveis.
  • Desaparecimento de todos os recifes de coral, impactando de forma profunda a biodiversidade marinha e perda de alguns ecossistemas.
  • Escassez de comida.
  • Vetores de doenças tropicais vão avançar para regiões de clima mais ameno, causando impacto na saúde pública de vários países.
  • Os insetos, essenciais para a polinização, terão duas vezes mais riscos de perderem seus habitats, o que afeta a produção de alimentos.
O relatório indica que o ideal seria limitar o aquecimento do planeta em 1,5 grau Celsius em relação ao período pré-industrial e para isso, mudanças drásticas em nossa sociedade que vão desde as fontes de energia que utilizamos até o nosso modo de nos alimentar, devem ocorrer. Como medidas importantes, nossos governos precisariam: 
  • Investir mais em fontes energéticas renováveis, como a eólica e a solar, abandonando o carvão como fonte de energia
  • Criar impostos sobre as emissões de gás carbônico

Porém, países como os EUA (o segundo maior liberador de gases intensificadores do efeito estufa) não concordam com os dados científicos divulgados e não pretendem seguir a recomendações para diminuir as emissões de gases intensificadores do efeito estufa.
Danilo Vieira, biólogo, professor, mestre em Ecologia de Biomas Tropicais e consultor ambiental na Vellozia Estratégia e Consultoria Ambiental.
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