Mata ciliar: a proteção de nossas águas

A mata ciliar, também chamada mata de galeria, mata ripária ou mata de várzea, ocorre na margem de corpos d’água e desempenha um importante papel na proteção de nascentes, rios, lagoas e lagos. Tal é sua importância que ela é considerada uma APP (área de preservação permanente) protegida pelo Código Florestal. A extensão de mata ciliar que deve ser protegida por lei deve respeitar a largura de rios, riachos, lagoas, represas ou nascentes que estas circundam.

Dentre  suas funções, protege as margens dos corpos d’água contra a erosão e assoreamento, principalmente próximo à plantações, onde a terra fica relativamente exposta e grande quantidade de material sólido é carreado pela enxurrada para dentro de rios e lagos. Isso garante uma melhor qualidade de água, deixando-a mais límpida e facilitando a vida aquática.
Além disso, a mata ciliar também serve como corredor ecológico para dispersão de espécies animais e vegetais, sendo fator chave para a preservação da biodiversidade; evita que a água escoe pela superfície, fazendo com que ela infiltre no solo e fique armazenada no lençol freático, diminuindo enchentes e a escassez de água; protege lavouras, pois reduz os riscos de doenças e pragas nas plantações, trazendo benefícios econômicos para o produtor rural.
A não preservação da mata ciliar traz sansões ao empreendedor como multas, embargos e impossibilidade de se tirar o licenciamento ambiental. Portanto, além dos vários benefícios citados acima, é fundamental que ela esteja preservada. Em casos em que ela já foi retirada, por ser uma APP, é obrigatório que o proprietário da terra a recupere.
Diego D. Dias, biólogo, mestre em ecologia de biomas tropicais e consultor ambiental na Vellozia Estratégia e Consultoria Ambiental.
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